DIEGO RODRIGUEZ DE SILVA Y VELÁZQUEZ
I
 
 
 
DIEGO RODRIGUEZ DE SILVA Y VELÁZQUEZ
 
 
 Pintor espanhol, Velázquez nasceu em Sevilha a 6 de junho de 1599 e morreu em Madrid a 7 de agosto de 1660.
 
Manifestando cedo sua vocação artística, foi inicialmente discípulo de Francisco de Herrera el Viejo, e depois aprendiz de Francisco Pacheco. Em 1622, com a ascensão de Filipe IV ao trono, Velázquez viajou para Madri, com a esperança de retratar o novo rei, o que só conseguiu no ano seguinte, numa nova visita à corte a convite do ministro real, o conde Olivares, que se tornou seu protetor.
 
Conseguindo sucesso como retratista, Velázquez foi nomeado pintor da corte. Em 1628 conheceu Rubens, cuja influência talvez tenha contribuído para a primeira visita de Velázquez à Itália, em 1629. Ali estudou os mestres venezianos, Ticiano e Tintoretto. De volta a Madri em 1631, viveu os seus anos mais produtivos como pintor da corte. Em 1649 fez nova viagem à Itália, dessa vez oficial, com o encargo de adquirir quadros para a coleção real. Retornando à Espanha em 1651, seus últimos anos são os de suas obras-primas, mas pouco produtivos, devido aos seus encargos no palácio.
 
Velázquez parece ter sido homem taciturno e medido, mas amável e cortês, que em toda parte conquistou amizades. Aristocrata pelo espírito e por sanção real, sua obra expressa em tudo o seu caráter. As tonalidades em claro-escuro e o realismo de sua pintura, revelam nele a procura de uma verdade sem afetações, na visão exata dos seres e objetos do mundo exterior.
 
Velázquez não deixou obra volumosa. O número atingido é de pouco mais de cem obras, mas há que se considerar o fato de que dezenas se perderam. Em que pese a atitude de pose em que aparecem os seus retratados, os quadros de Velázquez dão sempre a impressão de uma naturalidade espantosa. Mas depois se descobriu, por trás do seu realismo, o idealismo: a crença na representação ideal do mundo em formas ideais.
 
 A carreira de Velázquez se iniciou, de fato, pelo naturalismo, com cenas de gênero, explorando o modelado e os contrastes ilusionistas de luz e sombra. Mesmo as suas pinturas religiosas da primeira época revelam mais preocupação realista do que religiosa.
 
Entre os quadros que podem ser considerados como "cenas de gênero" encontram-se composições célebres como "Forja de Vulcano", "Os Bêbados", "As Lanças" ou "A Rendição de Brera", "As Meninas" e "As Fiandeiras", todas no Museu do Prado. À parte a obra "As Meninas" - considerada a sua obra-prima - e que pode ser classificada entre os seus quadros da corte, nenhuma dessas composições é resultado de simples observação direta, mas de uma complexa elaboração intelectual.
 
Alguns aspectos diversos de Velázquez aparecem em obras isoladas. Pintor de figuras, Velázquez só se preocupou com a paisagem como fundo de seus retratos eqüestres. Retratista da corte, Velázquez retratou também figuras fora desse ambiente. Destaque especial merece o seu retrato do papa Inocêncio X (Galleria Doria-Panfili, Roma), impressionante pela sua severidade. Finalmente, entre as obras isoladas de Velázquez é de grande celebridade o seu estudo de grande nobreza clássica "Vênus ao espelho" (National Gallery, Londres), em que o nu determina uma composição em curvas e se destaca luminoso sobre o fundo escuro.
 
 
 
 
Fonte (editada): Enciclopédia Mirador Internacional.
 
1599-1660 -The Spinners
Museo Del Prado,. Madrid, Spain
 
 
1599-1660 - Equestrian Portrait of Philip IV 
Museo del Prado, Madrid, Spain
 
 
1599-1660 - Las Meninas 
Museo del Prado, Madrid, Spain
 
 
1599-1660 -Venus at her Mirror
 National Gallery, London
 
 
1618 - An Old Woman Cooking Eggs  
National Gallery of Scotland, Edinburgh
 
 
1617-18 - Three Musicians 
Staatliche Museen, Berlin, Germany
 
 
 
 
 
Fundo Musical:
 
Trecho da ópera "Carmen" 
Alexandre César Leopold Bizet, * 1828  +1875
 
Produção e Formatação:
Mario Capelluto e Ida Aranha