Castelo de Angers
Em
1352, João II deu o Castelo de Angers ao seu filho, Luís I de
Nápoles. Anjou tornou-se ducado em 1360 e uma nova dinastia, surgida
da Casa de Valois, tomou lugar em Angers. Hoje o Castelo é
propriedade da cidade de Angers, e converteu-se num museu que abriga
a mais antiga e maior coleção de tapeçarias medievais do mundo, com
a "Apocalypse Tapestry" como um dos seus tesouros mais
preciosos.
Em 1373, Luís I encomendou essa famosa tapeçaria
ao pintor Hennequin de Bruges e ao tapeceiro parisiense Nicolas
Bataille. Só no período barroco foi
sentida a perda de interesse por esta preciosidade. Em 1782, as
cenas foram colocads à venda. Durante a Revolução Francesa foram
cortadas e usadas como cobertores, tapetes ou coberturas para
proteger as laranjeiras do frio no inverno. Durante a Revolução
muitas tapeçarias medievais foram destruídas, parte por negligência
e parte para derreter o ouro e a prata usados na sua confecção. Os
fragmentos que sobreviveram foram redescobertos em 1848 e
preservados, tendo retornado à Catedral em 1870. Em 1843,
uma grande parte dos fragmentos da tapeçaria foi comprada pelo Bispo
de Angers, enquanto outras partes foram achadas depois duma
busca obstinada. No entanto, cerca de um terço da obra ficou perdido
para sempre.
As
cores brilhantes originais ainda são visíveis na parte de trás. A
parte da frente ficou consideravelmente esmaecida, e medidas
foram tomadas contra o excesso de luz. A parte do Castelo
que atualmente abriga a tapeçaria foi construída
especialmente para esse fim entre 1953 e 1954, dispondo hoje de uma sofisticada aparelhagem de filtragem de
ar e de controle de temperatura e luz.
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